Dia da Consciência Negra - 20 de novembro
A turma 801 da Escola Francisco Zilli pesquisou sobre a importância desta data, como o negros tiveram a máxima importância sobre nossa vida até os dias de hoje. Por isso, criaram também um programa de rádio escolar, para que todos soubessem da importância desta cultura.
Dia
20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra em
homenagem a Zumbi, líder negro do Quilombo dos Palmares, local onde
os escravos se refugiavam.
O
dia da Consciência Negra é uma forma de lembrar do sofrimento dos
negros ao longo da história, desde a época da colonização do
Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Em
nosso programa procuraremos conscientizar as pessoas da importância
da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da
cultura de nosso país.
Os
negros
chegaram ao Brasil na época colonial; eles foram trazidos como
mercadoria pelos portugueses. A mão de obra era utilizada nos
canaviais e, como o açúcar estava em alta, cultivou-se a
cana-de-açúcar na colônia, o que gerou bastante lucro, uma vez que
a mão de obra era barata.
O
transporte era feito por meio de um navio negreiro e as condições
eram precárias, o que fazia ocorrer a morte muitos de escravos.
Quando
chegavam ao Brasil eram tratados com muita maldade, sendo obrigados a
fazer vários deveres como: trabalhar com a agricultura, pecuária e
serviços domésticos. Eram proibidos de realizar festas e rituais de
origem africana.
A influência dos negros na Culinária
Os
Africanos quando foram trazidos para o Brasil, já eram dotados de
uma vasta sabedoria na culinária e introduziram na culinária
brasileira alguns dos produtos que podemos destacar como marcantes –
o leite de coco, a pimenta malagueta, o gengibre, o milho, o feijão
preto, as carnes salgadas e curadas, o quiabo, o amendoim, o mel, a
castanha, as ervas aromáticas e o azeite de dendê
.
Eles
também contribuíram para a confecção de inúmeros pratos típicos
do Brasil, como o vatapá, o caruru, o acarajé, o bobó, os caldos,
o cozido, a galinha de gabidela, o angu, o cuscuz salgado, a moqueca
e a famosa feijoada.
A
cozinha negra fez valer os seus temperos. Modificou os pratos
portugueses, substituindo ingredientes; fez a mesma coisa com os
pratos nativos da terra; e finalmente
criou
a cozinha brasileira, ensinando a fazer pratos combinados com camarão
seco, ovos, coco, castanhas e a usar as panelas de barro ou ferro, a
peneira de palha, o pilão e a colher de pau.
A influência dos negros na música e dança
A
música brasileira não seria nada do que é hoje não fosse a
cultura afro-brasileira, que através de milhares de anos, conseguiu
influenciar e modificar a música popular, influenciando também nas
danças e criando ritmos como o samba.
O
samba nasceu nas casas baianas que emigraram para o Rio de Janeiro,
inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo ganhou seu
espaço próprio. Ele gerou outros derivados, como o samba-canção,
o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova. E hoje
em dia é um dos ritmos mais conhecidos entre os brasileiros.
Maracatu
é um ritmo musical que tem origem as cerimônias de coroação dos
reis e rainhas da Nação negra É caracterizado pela batida forte e
pelo ritmo frenético. É muito praticado no carnaval do Nordeste
Brasileiro.
A
capoeira é uma expressão cultural Afro-brasileira que mistura luta,
dança, cultura popular e música.
Desenvolvida
no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é
caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando
os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos e golpes
desferidos com bastões e facões. A capoeira foi desenvolvida pelos
escravos do Brasil, como forma de elevar o seu moral, transmitir a
sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus
escravizadores, geralmente era praticada nas capoeiras, e a noite nas
senzalas onde os escravos ficavam acorrentados pelos braços, o que
explica o fato de a maioria dos golpes serem desferidos com os pés,
foi também muito praticada nos quilombos, onde os escravos fugitivos
tinham liberdade para expressar sua cultura.
O
afoxé também é de origem Africana, apresenta no seu contexto
elementos ligados a religiosidade dos africanos aqui no Brasil,
principalmente do Candomblé.
Os
antigos Afoxés ao se prepararem para desfilar sobretudo no Carnaval,
primeiramente eram preparados espiritualmente seguindo os Rituais do
Candomblé nos Terreiros, com oferendas aos Orixás, pois eram
adeptos ou muito ligados a esta Religião.
A influência dos negros em nossa língua
As
palavras africanas que entraram para a língua portuguesa no Brasil,
estão associados ao regime da escravidão (senzala, mucama, banguê,
quilombo), enquanto a maioria deles está completamente integrada ao
sistema linguístico do português, formando derivados portugueses a
partir de uma mesma raiz banto (esmolambado, dengoso, sambista,
xingamento, mangação, molequeira, caçulinha, quilombola), o que já
demonstra uma antiguidade maior.
Algumas
palavras mais conhecidas de origem africana: acarajé, batuque,
cachaça, cachimbo, cafuné, chuchu, dengo, fubá, macumba, miçanga,
samba.
A influência dos negros em nossa religião
A
religião trazida
pelos negros escravos foi, entre elas, a umbanda e o candomblé.
Quando os negros chegavam ao Brasil eram proibidos de praticar a
própria religião. Eram obrigados a seguir a doutrina católica.
Uma
forma de expressar suas emoções eram através de cânticos,
orações, rituais e de outros expedientes, possibilitando a
liberação de mazelas, conscientes ou inconscientes, vividas pelo
ser humano. Hoje em maior ou menor grau, as religiões
afro-brasileiras mostram influência do catolicismo.
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