O que é fé
Por
Ana
Lucia Santana
Ter
fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma
evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. Este
termo vem do grego pi.stis, traduzido por confiança, firme
convencimento. Assim, a palavra fé pode ser entendida como
acreditar, confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir
sem nenhum motivo aparente, estar ligada a razões ideológicas,
emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer.
A
fé pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou
alguém, e dentro de uma religião como, por exemplo, o catolicismo,
ser baseada em dogmas – diretrizes estabelecidas pela Igreja, nas
quais os fiéis creem sem que o clero necessite dar maiores
explicações. Ela também pode ser raciocinada, como no
Espiritismo, que caminha junto à Ciência e à Filosofia, portanto,
segundo esta doutrina, razão e sentimento devem se unir para
construir uma crença nascida do conhecimento, uma vez que a fé não
surge por um milagre no interior do homem, mas é edificada, porém
também aqui não se foge da necessidade da confiança e de algumas
certezas instintivas.
As
experiências de cada um, intransferíveis e totalmente pessoais,
dão origem a esta energia ou sentimento, ou como se queira definir
a fé. Ela pode ser dividida com as pessoas à nossa volta na forma
de narrativas históricas ou obras de arte, e até mesmo sob o
aspecto de depoimentos espirituais, de vivência interior. Todos
nós, segundo pesquisadores, temos no nosso íntimo, em estado
latente, o poder da fé, ou seja, de tornar real tudo que desejamos
alcançar, através do exercício contínuo da vontade determinada,
contumaz, focada nos objetivos que almejamos concretizar.
Atualmente, a literatura de autoajuda aposta justamente nesse
potencial humano, na capacidade de alcançarmos tudo aquilo que
aspiramos, por meio da exploração de condições ainda pouco
conhecidas de nossa mente, entre elas a fé, mas que estão
certamente presentes em cada indivíduo.
É
essa energia que alimenta todas as crenças e religiões do planeta,
desde os primórdios da humanidade. Milhares de pessoas frequentam
os templos mais diversos, ou se voltam para seu santuário interior,
no exercício dessa força, buscando consolo ou respostas para suas
indagações e problemas cotidianos. O que mantém essa prática
viva ao longo de milênios é que a humanidade tem encontrado muitas
vezes o que busca nessas jornadas espirituais, e pode assim
testemunhar o poder da fé. E o que importa aqui não é como se
conseguiu obter resultados com esta energia, pois o adepto de cada
religião encontrará explicações diferentes para a mesma
experiência. O que realmente conta são os frutos que nascem da fé,
concretos demais para que se negligencie esta força. O curioso é
que mesmo o ateu, quando impulsionado pela crença em uma
determinada ideologia, obtém os mesmos efeitos.
No
aspecto religioso, a fé pode significar ser leal a um determinado
culto, o que implica aceitar as regras e pontos de vista dessa
religião, ou seus dogmas, dependendo da corrente espiritual. Fé
também pode denotar um compromisso de fidelidade, por exemplo, a
Deus.
Entre os judeus, ser fiel ao Talmud também expressa um laço
cultural e, mais que isso, é igualmente uma questão de identidade.
Aliás, em outras comunidades religiosas a religião é, da mesma
forma, uma questão de identidade cultural. Segundo as Sagradas
Escrituras, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus,
portanto, conforme o pensamento de alguns estudiosos sobre o poder
da fé, com este instrumento divino o Homem também pode criar,
através da disciplina e do direcionamento correto da vontade para
um propósito determinado. Jesus, em seus ensinamentos, teóricos e
práticos, demonstrou integralmente a importância da fé, e o seu
potencial inquestionável.
Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mande sua mensagem, mas cuidado, ofensas de qualquer tipo NÂO serão publicadas. Obrigada.